Empresas devem trabalhar juntas para universalizar os serviços de saneamento

Empresas devem trabalhar juntas para universalizar os serviços de saneamento

Painel sobre o futuro das companhias estaduais mostrou no 31 Congresso da Abes que não cabe mais disputa entre operadores públicos e privados

O futuro do saneamento brasileiro está nas mãos das empresas de saneamento, independente de serem públicas ou privadas. Por isso, elas têm de construir juntas as soluções para universalizar dos serviços de água e esgoto até 2033, a meta estabelecida pelo novo marco regulatório do setor.

Essa ideia foi consenso hoje no Diálogo Setorial sobre o Futuro das Companhias Estaduais de Saneamento no Congresso da ABES, em Curitiba, do qual participaram Neuri Freitas, presidente da AESBE e da Cagece, Ricardo Soavinsk, da Saneago, Carlos Eduardo Tavares de Castro, da Copasa, e Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da GS Inima Brasil.
    
“O momento é de convergir opiniões para buscar alternativas em prol da universalização do saneamento brasileiro,” alertou o presidente da AESBE, Neuri Freitas. “Com o novo marco, a única alternativa é fazer o que é necessário para que os serviços de água e esgoto cheguem a todos”.

“No setor de saneamento cabem todos, só não cabem os ineficientes”, disse o presidente da Copasa, Carlos Eduardo Castro, lembrando que nesses novos tempos as empresas de saneamento têm de trabalhar com a maior eficiência operacional, respeitando o poder concedente dos serviços e com foco no cliente, ou seja, na população deve atender. 

Roberto Muniz, único representante das empresas privadas de saneamento, saudou a nova mentalidade que está levando o setor a uma maturidade já alcançada por outros da área de infraestrutura. “Antes o novo marco era visto como solução por uns e como obstáculo por outros”, disse o diretor da GS Inima Brasil. “Hoje ele é visto como uma solução, tanto que nestes primeiros 12 meses já foram alocados cerca de R$ 60 bilhões para o saneamento com os leilões realizados, cifra essa que vai atender 15 milhões de brasileiros”.

Uma agenda positiva para que as metas do novo marco sejam cumpridas foi proposta por Roberto Muniz. “A segurança jurídica e a previsibilidade na realização dos leilões são fundamentas para manter o nível de investimento previsto para tornar o saneamento uma realidade para 90% dos brasileiros até 2033”. 

O diretor da GS Inima alertou para a necessidade do setor inovar e também lançar mão de modelos bem-sucedidos por meio das parcerias público-privadas. “Esse é o caminho para fazer com que estados e municípios retomem sua capacidade de planejamento”.
 

Galeria de imagens